Desígnio
do amor
Estou
a pensar no amor. Lembrei-me do amor de Merlin e Viviane. Um amor tão louco. O
velho mago e a jovem fada. Analisando este romance eu quis qualificar o amor,
então me coloquei a pensar e percebi que o amor é egoísta. Ao mesmo tempo
dualista. Amamos e queremos ser amados, é um fato. Mas este querer, com todas
as forcas que o outro nos ame é que carrega este egoísmo. Somos virtualmente,
talvez verdadeiramente capazes, de desejar mesmo prender a pessoa amada. Como
fez Viviane com Merlin, ela o prendeu em sua torre de amor eterno. Bom de fato
ele o quis, pois ensinou a ela o feitiço de aprisionar um homem. Mas quem na
verdade não cede diante do sorriso da pessoa amada? Eu cederia sim, sei que o
faria. Sei que ensinaria o feitiço do amor eterno a aquele que me amasse. Porem
eu não poderia ensinar este feitiço se a pessoa que me ama não é amada por mim.
Assim Merlin não foi tão tolo, na verdade continuou sábio. Pois prendera um
amor pela eternidade. Embora Viviane pudesse simplesmente deixar sua torre de
amores, escolheu ficar, escolheu assim por que o amava demais. É apenas amor,
louco egoísta, caridoso, dualista, contraditório, fervoroso. O amor e um
sentimento dos loucos. Cuidado amor, estou a decifrar-te e quando o fizer terei
o domínio desta arte. O amor é selvagem ao mesmo tempo pacato, não quer, mas
quer ser dominado. Confuso este amor, hei de decifra-lo.
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